quarta-feira, 15 de julho de 2009

Como as palavras*

Mais uma vez eu sentia o frio. A nevoa me dava calma, uma sensação de bem estar profundo, preenchia um vazio profundo.Não desejava voltar. Sabia que ao retornar as coisas sucederiam novamente e como um tufão de provações, sofreria. Sofreria a inércia de mim mesma. Sofreria o que eles quisessem que eu sofresse. Há muito tempo travava meus olhos, e com ele o coração. Há muito tempo não deixava dos olhos uma lágrima cair. ‘’As emoções eram peles seca. ``Certa vez pensei que tudo começava fazer sentido, finalmente. Errei feio.Fui ao céu e ao inferno em questão de segundos... Estremeci. Permanecia inerte, coração estarrecido, alma pedindo colo, como uma criança que só quer afeto. Terei eu falhado, teriam eles falhado? Um passo atrás seria retroceder lentamente ao suicídio. Minha mente não aguentaria, meu corpo, minha alma não aguentariam.A ideia de não ter aprendido nada com os erros anteriores me fizeram errar cada vez mais. O fundo do posso era o único lugar seguro para ficar. Pensei seriamente casar-me com a solidão e fazer do poço nossa casa. Assim, meio que detraída, abaixo da sombra de uma árvore, em um espaço vago e harmonioso, enquanto sentada pensava como seria esse estranho casamento... Algo diferente de tudo que já me acontecera nessa vida, ocorreu.Notei um raio ardente possuir meu corpo, aquecer minhas veias, fazia tudo em mim pulsar, minha alma exaltava paz ,meus olhos choravam como que soluçando,tropeçando nas lágrimas.Foi nesse momento, que tive a certeza que tudo que ocorresse dali em diante, mesmo que distante dele, nada me abalaria, as coisas, as pessoas fariam sentido.Pude ir e seguir e respirar, dormir.Foi quando o conheci.

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