Era óbvio e mesmo assim eu negava a abandonar as fantasias desvairadas da minha mente.
Não adianta, sempre acreditamos no que queremos e mesmo quando tudo ta exposto, com cores gritantes e desesperadas você não percebe, não quer perceber.
Então é preciso uma queda, um choque e o “cair em si” vem à tona.
- O que você fez todo esse tempo em que não estava presente?
- Seu castelo ruiu ou se fortaleceu?
- Qual a importância da queda?
- Foi o momento exato?
- Passou do tempo?
- Perdeu oportunidades?
- Quantas?
- Tem forças pra recomeçar?
Quem sabe queira acordar e ver quão você pode ser independente e forte.
Tudo que podia ser inventado nesse mundo, já foi, mas sempre se pode inovar vestir uma nova roupagem e se divertir da maneira que mais lhe convier.
O importante é ser feliz e isso virá quando você estiver de bem consigo mesmo.
Particularmente, estou de bem comigo mesma...
Falta-me uma ou outra coisa, só que hoje me aceito como sou, tenho mais paciência pra esperar o tempo e corre atrás dele quando é preciso (uma vez ou outra tenho recaídas, mas são tão mínimas que não tem influenciado diretamente no que sou agora) .
Tracei planos (dessa vez bastante sólidos), e mesmo aos 20 anos de idade, não fico tão angustiada ou envergonhada quando alguém me interroga sobre o que eu não sou ou sobre o que eu quero ser.
Não tenho desejos de ser importante, rica, estar na mídia ou ser popular. Viver bem é o que me interessa.
E mesmo que me critiquem dizendo que sou ingênua e não tenho ambições verdadeiras (para ser alguém respeitável) na vida, sorrio e calo. Sei da paz que trago no peito e que sempre vou carregar (pelo menos espero);
Como ser humano e imperfeita sei que quando conquistar meu objetivo vou me entediar, querer algo novo, traçar novos objetivos e ter de novo que provar para mim que ainda sou capaz.
Assim até conquistar o próximo em um comportamento cíclico e que sempre vai ter o gosto do inesperado, as crises existências, a forças de algumas quedas e o gosto inarrável de algumas vitórias.
Mas enquanto nessa vida eu puder me policiar em não querer o que eu não preciso o que quero por futilidade, eu o farei...
Porque todo o tempo em que eu não estive presente eu não estava em lugar algum e não tenho nada a compartilhar desses momentos em que não estive aqui, por isso o momento é o hoje e bem realista sem me impedir de sonhar.
Assim meu castelo se fortaleceu a um triz de ruir.
Fazendo da queda um ponto de partida no momento exato em que pude ganhar muito mais do que já havia perdido, que por mais que pareça clichê: “o momento de recomeçar é todo dia, toda hora”. E assim vou vivendo um dia de cada vez.
Com a eterna certeza: Já não sou mais aquela - ainda assim não sou outra.